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quarta-feira, 26 de junho de 2013

SONETO DA MINHA MORTE



Quando eu ausentar-me da humanidade
Serei mais um daqueles, que não fazem falta,
Às vezes meu nome vai está em pauta,
Pra decidir se fui mesmo um Anticristo, ou frade.

Quero um funeral de verdade,
Com versos lidos em voz bem alta;
Amigos tomando vinho me exalta,
Eu também dispenso a falsidade:

Mas quando a ferrugenta enxada idosa
Cavar meu túmulo imundo em ermo outeiro,
Lava-me estes palmos de terra mão piedosa:

"Aqui dormirá Edmilson, o putanheiro;
Viveu vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro.

Edmilson Soares  15 de Junho 2013

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